Erasmo Carlos já havia chegado de muito longe pra exigir a práxis do mocorongo que dormiu no ponto da curva da política: "é preciso dar um jeito, meu amigo", diz ele, de forma incessante.
De fato, é preciso dar um jeito na imagem que fala mais que a verdade, no diploma de cursinho C- que vende conhecimento para o mercado de enchimento de currículo, é preciso dar um jeito.
É preciso dar um jeito pro tiosinho que tem um empreendimento merda na esquina parar de achar que é empreendedor e ter um pouco de consciência de classe, é preciso dar um jeito nisso também.
Também tem que se dar um jeito na lógica (ou falta de) que achismo substitui a ciência, ou de que está última pode encontrar zonas cinzentas de intangibilidade argumentativa.
É preciso dar um jeito (e aqui urgentemente) nos fiscais de cu e genitália alheia, que preferem politizar o sexo ao invés de praticá-lo. O jeito que precisa ser dado nisso, talvez, seja de primeira ordem.
É preciso dar um jeito no capital, que liquifez tudo que é possível (e impossível também) ser liquifeito, que dita os rumos da humanidade pra encher o bolso de alguns, que congelou a forma de ver as horas, de ler a notícia, ouvir a música, de ver o filme e jogar o jogo.
É preciso dar um jeito nisso tudo e mais um pouco, é preciso dar um jeito em dar um jeito, afinal de contas. Do contrário ninguém anda.
Prazer, sou colunista desse blog que não tem compromisso nenhum com alguma coisa muito séria. O Blog, não eu.
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